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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

CLOVIS BORNAY UM SER HUMANO......



Era o mais novo dos doze filhos de mãe espanhola e pai suíço, um dono de uma loja de jóias em Nova Friburgo.
Na sua juventude, durante a
década de 1920, descobre no carnaval sua grande paixão. Começou sua carreira em 1937, quando conseguiu convencer o diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a instituir bailes de carnaval de gala com concurso de fantasias, inspirado no modelo dos bailes de Veneza. Estreou neste ano com sua fantasia intitulada "Príncipe Hindu" e obteve o primeiro lugar.
Passou a desfilar também nas
Escolas de Samba, sendo célebre a fantasia em homenagem a Estácio de Sá, no desfile de 1967, quando a cidade comemorava seu quarto centenário de fundação.
Tornou-se um dos mestres em fantasias de Carnaval - a todo ano trazia novos elementos em suas fantasias, e acabava ganhando quase todos os concursos que disputava.
Evandro de Castro Lima e Mauro Rosas eram seus rivais de salão. De tanto ganhar, acabou sendo declarado hors concours (concorrente de honra, não sujeito à premiação).
Futebol e Curiosidades
Criador, junto com Igor Feijó, da primeira torcida organizada "gay" de que se tem notícia e dedicado ao Clube de Regatas do Flamengo (
Flagay). Mas acabou comprando uma briga com as facções homofóbicas da torcida rubro-negra ao declarar publicamente que o Flamengo era o clube com a maior torcida gay do planeta.
Museologia
Trabalhou como
museólogo no Museu Histórico Nacional, cuja iniciativa que se tem nota foi a da cessão do refrigerador de seu gabinete de trabalho para a criação de uma sala de exposição-depósito de peças com estabilidade de temperatura. Atuou também em outras entidades culturais.
À frente do Carnaval de escolas de Samba
Foi
carnavalesco das escolas de samba Salgueiro, em 1966, Portela em 1969 e 1970, e da Mocidade em 1972 e 1973. Com a Portela ganhou o campeonato de 1970 com o enredo "Lendas e mistérios da Amazônia" (que foi reprisado no desfile de 2004).
Introduziu inovações como a figura do destaque, que é uma pessoa luxuosamente fantasiada sendo conduzida do alto de um
carro alegórico. Após isso, todas as demais escolas de samba copiam e tornam o quesito obrigatório. E ao longo de seus 77 anos de carnaval (69 em desfiles), sempre ele mesmo participava dos desfiles carnavalescos como destaque. Embora sua carreira esteja justa e fortemente ligada ao carnaval do Rio de Janeiro, por diversas vezes desfilou no carnaval de São Paulo como destaque da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde.[2]
Algumas de suas fantasias são expostas no
Brasil e são acervo de outros museus no exterior. Pela significação de seu trabalho, foi laureado com o título de cidadão honorário de Louisiana em 1964.
Recebeu a "
Medalha Tiradentes" da ALERJ em 1966 dada a personalidades que tenham relevância cultural para o estado.
Atuação no cinema
Em
1967, foi chamado para atuar no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, contracenando com Paulo Autran. Também participou do filme "Independência ou Morte", de 1972.
Falecimento
Às 15 horas do dia 9 de outubro de 2005, Clóvis deu entrada no
Hospital Souza Aguiar desidratado e com infecção intestinal. Apesar de medicado, acabou falecendo de uma parada cárdio-respiratória.
Curiosidades
O vestido da estátua de
Nossa Senhora da Glória do Outeiro era sempre, a todo dia 5 de agosto, trocada por outro feito por Bornay.
Era museólogo de profissão e também se notabilizou como jurado para os apresentadores de televisão
Chacrinha e Sílvio Santos.

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