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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Breve resumo da história da moda até os dias de hoje




Desde os primórdios do mundo, o universo da moda sempre foi restrito a uma pequena parcela da sociedade. Primeiramente, apenas os reis e à alta nobreza ao entorno do trono tinham acesso aos privilégios “fashions”. Em formato diferenciado do que vemos hoje, os tecelões apresentavam apenas o tecido e um esboço de como seria a vestimenta.

Os desfiles como conhecemos hoje surgiram em meados do século XIX, quando o costureiro inglês Charles Frederick Worth, considerado o “Pai da alta costura”, passou a utilizar homens e mulheres na apresentação de suas peças. Além disso, ele também criou o conceito de coleções, lançando sucessivamente novas linhas, promovendo a mudança nas tendências e a valorização do novo.
Mesmo com as modificações criadas por Worth, o acesso à moda continuou restrito à alta sociedade. Dessa vez não a reis, mas sim a poucos clientes, que formavam a burguesia da época.





Já próximo ao final do século XX, o acesso à moda teve uma pequena brecha. O universo fashion passou a ganhar parte da atenção da imprensa. Jornais, revistas e televisão faziam uma ponte entre as tendências, os luxuosos desfiles e o restante da sociedade, que mesmo sem pronto acesso, relatava paixão pelo assunto.

Após os anos 2000, com o potencial econômico do setor alavancado, o mundo da moda tornou-se mais um holofote midiático. Desfiles televisionados, modelos fotográficos, informações dispostas na internet – o acesso a esse universo foi praticamente instantâneo.

A internet possibilitou que a moda estivesse acessível a todos, sendo possível até acompanhar a desfiles em tempo real durante a Semana de Moda de Nova York ou apenas o lançamento de uma coleção no Sul da França.















Entretanto, outra barreira surgiu entre os aficionados e a moda: o direito de criar. Mesmo com tanta evolução tecnológica e espaços na mídia, o poder de criar modelos, gerar tendências ainda era destinado a poucos. Apenas estilistas de renome, grandes grifes, poderios financeiros. Mais uma vez o acesso voltava a ser extremamente restrito.

Foi então que a evolução da internet passou a funcionar em prol da popularização do mundo da moda. Primeiro vieram os blogs – cada vez mais amantes da moda passaram a falar abertamente sobre o assunto. Como se fosse um diário virtual, os blogueiros fashionistas davam pitacos e opinavam sobre as tendências.

Eis que surgiu a web 2.0, com as fantásticas redes sociais e conteúdo colaborativo. Ou seja, conteúdo formado pelo próprio usuário, pessoas reunidas em um único ambiente debatendo um assunto em comum: moda. Milhares de internautas criando, com possibilidade de gerar tendências, apresentando seus modelitos, discutindo suas criações com outros fashionistas.

Esse universo de acesso à moda, jamais imaginado por tecelões e reis ou até mesmo Charles Worth, chegou ao público e pra valer. Após trilhar caminhos árduos, privação para alta sociedade e potenciais econômicos, a moda precisa hoje apenas do desenvolvimento tecnológico. A internet conseguiu o imprevisível: a democratização da moda.









Mitzah Bricard A musa da Dior

Conheça






Mitzah Bricard









No mundo da moda, uma musa deve ser uma inspiração, tanto de criação, como de consumo – principalmente para estimular o desejo nas pessoas. Mitzah Bricard era exatamente isso quando estava ao lado de Christian Dior em 1946, ano em que ele abriu sua casa de costura. “Madame Bricard é uma dessas pessoas, cada vez mais raras, que fazem da elegância sua única razão de viver”, disse o estilista em sua autobiografia, Dior by Dior.

Oficialmente, Mitzah era responsável pelos chapéus da marca, mas estava diretamente relacionada com o New Look da Dior, ainda mais por ser a musa inspiradora do estilista. Ela tinha o dom de pegar algo extremamente simples e transformar numa coisa declaradamente fashion.
“Quando um homem disser que quer te mandar flores, diga que seu florista é Cartier”, falava Mitzah Bricard, que na verdade nasceu como Germaine Louise Neustadt, em Paris, no dia 12 de novembro de 1900, filha de mãe inglesa e pai austríaco. Até hoje ninguém sabe por que ela adotou o nome Mitzah. Ela chegou a ser casada com um diplomata romeno, mas mantinha alguns casos extra-oficiais.







A musa da Dior nunca era vista sem seu turbante, algumas pérolas penduradas, salto alto e, principalmente, nunca tirava o lenço de chiffon com estampa de leopardo que usava estilosamente amarrado no pulso, supostamente para esconder uma cicatriz.

De acordo com ele, Mitzah era a expressão mais marcante do chique, além de ser sua grande desafiadora: “Sua presença em minha casa me inspira além da criação, tanto suas reações – e até mesmo suas revoltas – contra minhas ideias, quanto suas concordâncias”. Dior não conseguia criar sem Mitzah Bricard por perto. Ela despertava nele uma nostalgia das mulheres de sua infância, com perfumes exóticos, enroladas em peles luxuosas e brilhando com diamantes enormes.

A fissura de Mitzah por estampa de leopardo é uma forte influência nas criações da Dior até os dias de hoje. Em 2009 Mitzah foi novamente a musa inspiradora da Dior, desta vez pelas mãos de John Galliano, que fez uma coleção inteiramente dedicada a ela. Em 2011 foi homenageada novamente com uma paleta de sombras da marca que leva seu nome. Além da estampa jungle, Mitzah também foi a responsável pela presença de uma tonalidade de lilás na cartela de cores da Dior.







Veja abaixo a coleção que John Galliano fez para homenagear a Musa da Dior, Mitzah Bricard. A silhueta é dos anos 50, extremamente elegante, repleto com a estampa jungle e com muitos looks no tom de lilás que era o favorito de Mitzah















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