Emocionado, Valentino se despediu do mundo da moda , com um desfile de alta costura na semana de moda de Paris. O italiano escolheu o Museu Rodin para apresentar, pela última vez, criações consideradas impecáveis e impregnadas de glamour. O vermelho, cor que dominou a carreira de 45 anos do estilista, tomou conta do último momento em que Valentino atravessou a passarela com as modelos.
Valentino, nascido em Voghera 1932, ficou conhecido na década de 50 por suas roupas de alto luxo - que chegam a custar até 20 mil euros.
Sua ascensão coincidiu com o auge do cinema italiano, e seus vestidos e saias com cintura de vespa ficaram associados a musas como Sophia Loren.
Ao longo de sua carreira, o estilista - que foi estudar aos 17 anos na École de Beux Arts, em Paris, estimulado pela mãe - criou modelitos para inúmeras clientes famosas. Entre suas tietes estão divas como Rita Hayworth, Audrey Hepburn, Lady Di e Jackie Kennedy, para quem dedicou uma coleção inteira.
Além de as ter conquistado com seu glamour, Valentino também as fascinou com suas frases marcantes, como “o vermelho é o meu preto”. Jacqueline, por exemplo, era uma discípula tão 'obediente' que se casou com o armador grego Aristóteles Onassis usando um vestido vermelho curto e moderníssimo. Por causa do pedido de Jackie, Valentino estourou no mundo fashion, em 1968. Na semana seguinte ao casamento, ele recebeu mais de 60 pedidos de noiva.
Em 1960, Elizabeth Taylor, por conta das filmagens de "Cleópatra", se encantou com o então novo estilista e encomendou um vestido branco para a estréia mundial de "Spartacus". E 40 anos depois, Julia Roberts fez questão de receber o Oscar, em 2001, usando um soberbo longo vintage, preto com debruns brancos.
As coleções do costureiro na década de 70 e 80 eram suntuosas e não poupavam detalhes extravagantes, como grandes laços. Mas, apesar da opulência, ele se adaptou à simplicidade dos anos seguintes.
Desde que Yves Saint Laurent se aposentou, ele é o único remanescente do tempo em que os estilistas montavam os próprios ateliês para vestir a alta sociedade.
Sua única frustração é não ter vestido a rainha Elizabeth II, a única cliente que lhe faltava.
No final dos anos 90, ele vendeu a marca para uma associação industrial comandada por um herdeiro da Fiat, que pretendia criar um grupo de moda. A estratégia não deu certo e acabou afundando a grife italiana, que já vinha sofrendo com a falta de recursos para competir no mercado mundial. Depois de alguns anos de crise, em 2002 surgiu o grupo Marzotto, também dono da Hugo Boss, que comprou a marca.
SUA FRASE:
'Gostaria de sair da festa quando ela ainda está cheia".
VALENTINO GARAVANNI
domingo, 5 de outubro de 2008
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